Fiel até à Morte, de Edward John Poynter

 

  • Título: Fiel até à Morte.
  • Pintor: Edward John Poynter.
  • Data1865.

    Descrição:

    Fiel até à Morte foi pintada em 1865. O contexto da obra é carregada de caos e desespero. Trata-se da destruição da didade romana de Pompeia no ano 79 d.C. A história conta que, neste ano, havia perto da cidade um vulcção chamado de Vulcão Vesúvio, ou Monte Vesúvio, que, ao entrar em erupção, provocou uma intensa chuva de cinzas, acabando por soterrar completamente a cidade de Pompeia. 

    Conta-se que, na altura da destruição, a cidade contava com 20 mil habitantes que viram-se mergulhados no medo e apenas lhes restava o desespero e a tentativa de escapar da destruição. A cidade de Pompeia se manteve então soterrada por mais de 1500 anos e apenas foi encontrada por acaso em 1748. 

    Ocorreu que as cinzas e as lamas protegeram as construções durante todos estes anos, protegendo inclusive os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas tal igual como foram atingidas pela erupção. Como podemos ver, a obra retrata o momento exato em que começou a destruição da cidade. Todavia, existe algo completamente estranho na pintura. 

    Bem na saída da porta, existe uma figura, aparentemente, um oficial romano, ou talvez um soldado, que, em meio ao caos e à queda dos elementos, ainda assim, lá estava ele, parado, justamente porque não tinha recebido de seus superiores a permissão de abandonar o posto. O soldado então manteve-se fiel às ordens, demonstrando uma completa fidelidade ao comando do seu superior. 

    Podemos ver que o soldado apresenta-se tenso e, da forma como apertou a lança, ao ponto das veias ficarem muito nítidas, revelava que o medo era inevitável, sendo que estava prestes a se encontrar com a morte. 

    Seus olhos consomem o desespero e, certamente, uma vontade enorme de tentar escapar corroía seu coração e seu corpo, mas ao podia escapar, pois, como forma de honrar o sentimento de amor à pátria, o soldado manteve-se fiel até à morte.